A Cartilha de Cooficialização das línguas indígenas surge como uma medida de reparação e valorização desse patrimônio linguístico e cultural. O Estado Brasileiro possui o que os historiadores chamam de dever de memória aos povos originários: os povos indígenas foram massacrados e expulsos de seus territórios
ancestrais desde 1500; e suas culturas, línguas e conhecimentos ancestrais foram invisibilizados em favor
do crescimento econômico das elites econômicas. Ao reconhecer oficialmente essas línguas em contextos
municipais ou estaduais, busca-se promover a equidade de direitos linguísticos e a cidadania plena dos povos indígenas, além de reverter os efeitos das políticas que por séculos marginalizaram suas línguas e culturas.
Esta cartilha apresenta as iniciativas de cooficialização de línguas indígenas no Brasil, detalhando o processo e a importância desse reconhecimento. Atualmente, 37 línguas indígenas foram cooficializadas, e essas açõessão um passo significativo para a preservação, manutenção, vitalização, revitalização e retomada das línguas indígenas, contribuindo para o fortalecimento das identidades culturais e da dignidade linguística dos povos originários. A cooficialização é um movimento que promove a inclusão e o respeito ao plurilinguismo existente no Brasil, atuando como uma ferramenta de promoção da cidadania e de valorização das culturas indígenas. Ao implementar essa política, o Brasil dá um passo importante para garantir o direito das comunidades indígenas de preservar e desenvolver suas línguas, contribuindo para um futuro mais inclusivo e diverso (MELGUEIRO; RUBIM & KLEPPA, 2024).
Em março de 2025 foi lançada oficialmente a de Cooficialização das línguas indígenas uma parceria entre o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o GT Nacional no âmbito da Década Internacional das Línguas Indígenas no Brasil e a Política Linguística para as Línguas Indígenas. A de Cooficialização das línguas indígenas faz parte do conjunto de 4 cartilhas elaboradas pelo GT Nacional com os temas das Co-oficializações, Línguas Indígenas de Sinais, Braslind (Português Indígena) e a do GT Nacional da DILI/UNESCO que traz um breve panorama dos objetivos e ações que estão sendo realizadas pelos povos indígenas em prol da revitalização, manutenção e retomada das Línguas Indígenas. Confiram!
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Organizadores: Altaci Correa Rubim; Edilson Martins Melgueiro & Lou – Ann Kleppa
Descrição | Produção |
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Categoria | Cartilha |
Título | Cartilha de Cooficialização das línguas indígenas |
Edição/Volume | 1ª edição |
Páginas | 29 |
Ano | 2024 |
Local | BRASÍLIA |
Editora | Ed. dos Autores |
Autores | Altaci Correa Rubim; Edilson Martins Melgueiro & Lou - Ann Kleppa |
Organização | Altaci Correa Rubim; Edilson Martins Melgueiro & Lou - Ann Kleppa |
ISBN | 978-65-01-20042-2 |
Diagramação final | Designer gráfico Augusto Vieira - avieiramanaus@gmail.com |
