A proposta de uma nova concepção de língua, enquanto língua-espírito, distingue-se das concepções ocidentais de línguas, e não pode ser entendida como uma concepção religiosa das línguas indígenas. Ao contrário, a concepção de espírito está relacionada à ancestralidade dos povos voltadas às experiências locais de retomadas, revitalização, vitalização e fortalecimento das línguas indígenas. A Década das Línguas é o tempo em que os espíritos de nossos ancestrais encontram apoio para convocar os povos indígenas, governantes, líderes, instituições governamentais e não governamentais do mundo para caminharem juntos, com vistas ao fortalecimento das línguas indígenas do nosso planeta.
É, pois, um momento histórico para a diversidade linguística do mundo. É um tempo que os espíritos das línguas e os ancestrais dos povos indígenas usam os sons do maracá, dos cantos dos rituais, dos ventos, das aves, dos animais, de todos os instrumentos xamânicos, com a intenção de pedir socorro para frear as ações que causam a morte do planeta terra. Ações de queimadas, de poluição, de contaminações, de eventos extremos como secas, chuvas torrenciais produzindo cheias dos rios e desmoronamentos, avalanches, degelos, aquecimento global, entre outros, desequilibram e ameaçam a biodiversidade do planeta.
(Trecho do texto sobre Língua-Espírito- Texto completo no link abaixo)
GT Nacional BR/DILI 2022-2032 – Brasília, 2025.
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